O Movimento Social contra a Criminalidade em Alagoas (MSCC) agrega mais 100 entidades, como a OAB/AL, o Conselho Estadual dos Diretos Humanos, representantes do MPE, da Polícia Federal, parlamentares, associações, partidos políticos, movimento sem moradia, movimentos populares e estudantis, centrais sindicais, associações comunitárias, servidores públicos, sindicalistas, comunidades indígenas, movimento negro, trabalhadores rurais sem-terra, trabalhadores em geral, que reuniram milhares de pessoas em passeata até a Assembléia Legislativa.
A manifestação teve início na Praça dos Martírios com paradas no Tribunal de Justiça e na Polícia Federal. O coordenador Jurídico do Sindjus, Marcus Robson, destacou que o MSCC escreve um novo capítulo da história de Alagoas. “Não podemos aceitar tantas mazelas. Temos que expulsar essas classes dominantes do poder”, disse.
O presidente do Sinpofal, Jorge Venerando, ressaltou que o MSCC também luta pela redução do duodécimo dos poderes, pela federalização dos crimes de mando. “A Operação Taturana atingiu o coração do crime organizado, atingiu a Assembléia Legislativa. A Polícia Federal vai continuar com as investigações, não vai se intimidar”, avisou.
O presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Everaldo Patriota, explicou que Alagoas tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, o maior índice de analfabetismo, entre outras mazelas, por conta dos recursos públicos que são desviados e/ou mal aplicados. “O povo não pode continuar nessa mesmice, com tanta impunidade. É hora de lutar por mudança”, defendeu.
Da mesma forma destacou o representante da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) Manoel de Assis. “A classe trabalhadora não pode admitir mais esse tipo de gente. Eles devem ir para cadeia. A luta contra a corrupção também é a luta pela mudança de vida”, disse. Assis também denunciou que deputados (da Taturana) desviam o dinheiro público para comprar fazendas, “inclusive, temos denúncias de trabalho escravo, que estão sendo investigadas”, informou.
A presidente do Sinteal, Girlene Lásaro, destacou que a população não agüenta mais com tantos crimes. “Respeite a sociedade, respeite os recursos públicos. Exigimos respeito, dignidade, justiça e punição para todos”, disse.
Para finalização do ato público, em frente à Associação Comercial, onde provisoriamente, funciona a Assembléia Legislativa, os manifestantes lavaram aa calçada da Associação Comercial e cantaram o Hino Nacional.
Avaliação
Na próxima quarta-feira, dia 27, os integrantes do MSCC vão reunir-se para avaliar a manifestação e decidir as medidas para continuidade à luta. Mesmo antes da avaliação, considerando a importância do Movimento e a quantidade de pessoas no ato, a manifestação foi positiva em todos os aspectos.
De acordo com coordenador Geral do Sindjus, Paulo Falcão, o ato público cumpriu com o seu papel de convocar a população a se engajar nesse movimento. “O movimento, que começou pelas entidades, agora ganha corpo com a participação da sociedade. E irá continuar firme em busca da mudança política da sociedade alagoana”, disse Falcão.
Da mesma forma opinou o coordenador Geral do Sindjus Moraes Junior. “O MSCC cumpriu com a expectativa de levar às ruas cinco mil pessoas. Conseguimos juntar diversos segmentos da sociedade, agora vamos definir as novas ações do Movimento”, informou.
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